quinta-feira, 26 de julho de 2012


Anclivepa-SP quer formar um Conselho de ONGs para atuar no hospital público veterinário

O presidente da Anclivepa-SP, médico veterinário Ricardo Coutinho do Amaral, pretende formar um Conselho de ONGs para atuar no 1º Hospital Público Veterinário de Cães e Gatos, implantado em São Paulo, a partir de convênio da Prefeitura com esta entidade de médicos veterinários, avanço possibilitado por emenda ao orçamento municipal feita pelo vereador Roberto Tripoi (PV/SP).
Esse conselho havia sido sugerido pelo vereador Tripoli à Anclivepa, quando o hospital estava em fase de concretização. Agora, a idéia foi encampada pelo Dr. Coutinho, que acha importante algumas questões serem delineadas com a participação do movimento de proteção animal, inclusive o melhor formato para o atendimento de animais salvos do abandono por protetores independentes e ONGs que mantêm abrigos.
Além disso, esse conselho e a direção do hospital poderão analisar casos de pessoas que passam por situações de privação financeira e que ainda não tem ainda acesso a programas públicos, como o bolsa família, mas que possuem animais necessitando de atendimento.
Em carta divulgada recentemente pela Anclivepa-SP, Ricardo Coutinho detalhou alguns critérios visando priorizar, no atendimento do hospital, animais pertencentes a pessoas carentes. E alguns protetores sentiram-se excluídos. “Vamos convidar as ONGs para formar um conselho para que possamos aprimorar a normatização do atendimento aos animais de protetores independentes”, afirma Coutinho.
O médico veterinário frisa que conforme já afirmou na carta que está publicada no site da Anclivepa-SP, “a entidade está aberta a sugestões de toda a população, inclusive dos protetores”. Ele observa que o hospital é pioneiro, nunca houve no Brasil uma experiência como esta e, até por isso, tudo está começando do zero, inclusive a elaboração de normas de acesso ao serviços do hospital.
O presidente da Anclivepa insiste: “nosso interesse, nosso foco é tirar o animal da dor e do sofrimento, daí a necessidade de priorizar o atendimento de cães e gatos que, sem o hospital publico, não teriam qualquer socorro”. Coutinho lembra ainda que obviamente o hospital tem limites para o atendimento, inclusive limites em sua estrutura física, e por isso a “necessidade de priorizar os carentes, sempre evitando cometer qualquer injustiça”.
Nesse sentido, Ricardo Coutinho garante que o hospital não está fechado aos protetores de animais. “Só precisamos normatizar esse atendimento e, para isso, esperamos contar com as ONGs”, reitera. O presidente da Anclivepa-SP resume seu posicionamento afirmando; “não queremos cometer injustiça com os animais, com os protetores, com as pessoas, e nem com nossos colegas médicos veterinários. O hospital veterinário público está sendo pensado para beneficiar todos, de forma direta ou indireta e não para prejudicar”.
Coutinho lembra que muitos médicos veterinários se esforçam tremendamente para atender cães e gatos salvos por protetores, inclusive sacrificando-se financeiramente. “Esses são animais que antes não tinham outra possibilidade de socorro e agora terão”, observa. Ricardo Coutinho frisa que o bem-estar animal e o amparo dos proprietários carentes foram itens prioritários nessa luta do vereador Roberto Tripoli (PV-SP), na decisão da Anclivepa-SP de assumir o hospital quando convidada pela Prefeitura, e na iniciativa do próprio Governo municipal.
Todos ousaram” – garante Coutinho. “Não temos modelo para copiar, estamos desbravando um novo horizonte para os animais, para a sociedade, para o movimento de proteção animal, para os próprios médicos veterinários”, frisa o presidente da Anclivepa-SP, esperando que o modelo seja copiado pelo Brasil inteiro.
Ricardo Coutinho conta ainda que há 30 anos atende animais em sua clínica, localizada em um bairro periférico, e que perdeu a conta das vezes em que escutou pessoas dizerem “precisamos de um INSS ou de um SUS veterinário”. Ainda segundo o médico veterinário, “essa realidade conhecemos bem, e ajudar o maior número de animais carentes, abrindo um novo caminho também para a medicina veterinária, foram questões que pesaram no momento em que a Anclivepa-SP decidiu, com toda sua diretoria, assumir esse projeto pioneiro e, com certeza, muito ousado, surgido no seio da proteção animal e abraçado pelo vereador Tripoli”.



Ponderações sobre o hospital público veterinario de SP


Desde que a noticia sobre a inauguração do primeiro hospital publico para animais do país se espalhou temos visto todo tipo de critica e manifestações. Algumas  positivas, outras negativas, algumas sem pé nem cabeça, outras de cunho politico e por aí vai.

No sabádo quando comecei a ser copiada em alguns emails de um grupo que eu nem sabia que fazia parte escrevi umas linhas sobre o que penso de tudo isso e gostaria de dividir com mais gente. Já publiquei isso na postagem feita pelo Gilson Shimoda lá no Facebook também.


Gostaria de dar uma opinião sobre tudo isso. Em primeiro lugar essa iniciativa é pioneira no nosso país e acredito que poderá ser algo a ser copiado por várias outras cidades pois o primeiro passo foi dado*.
 Eu pessoalmente preferia o atendimento descentralizado nas SUVIS com atendimento para a população em geral até pela facilidade de deslocamento porém o poder publico é mais lento que tartaruga e tem sala esperando para ser equipada há anos.

Acredito que o atendimento neste hospital de inicio será bem limitado, pelo que soube não é muito grande e também vai atender de 2a a 6a feira. Além do que por ser uma nova experiencia haverá muito o q se ajeitar ainda. (ontem 25/07/2012 aconteceu uma reunião com ongs e protetores  para discussão dos critérios de atendimento etc...fui convidada porém não compareci porque era rodizio de meu carro e o metro é bem longe de onde moro. Vamos aguardar noticias)

Também acredito q haverá uma acomodação em relação aos critérios de atendimento, ou seja quem terá direito etc.....

Mas gostaria de chamar atenção para algo q talvez muitos ainda não tenham percebido......se uma dessas pessoas tiver amor pelo seu bichinho e ao invés de abandoná-lo nas ruas em situação de miséria, porque não teria grana para pagar o tratamento os protetores já estarão lucrando não estarão?

Será q devemos por em risco algo q poderá a vir trazer beneficios diretos e indiretos para nós q tanto lutamos pelos bichos?

Para esclarecimento: o hospital é resultado do convenio entre a ANCLIVEPA e a prefeitura de SP. A dotação orçamentária foi feita pelo vereador Tripoli e essa verba é do municipio de SP, então evidentemente o hospital é destinado para utilização dos municípes desta cidade. Assim como o programa de castração da cidade de SP ok? O hospital tem limitações de espaço e de pessoal, então evidentemente que também terá que atender um número pré estabelecido de animais ok? É importante q os protetores de outras cidades (estão surgindo criticas de municipes de outras cidades alegando que não podem ser atendidos) também lutem por politicas publicas, cobrem, pertubem bastante os prefeitos e vereadores....e não se esqueçam q as eleições municipais estão para acontecer,  procurem apoiar candidatos q tenham algum empatia ou demonstrem algum interesse nos animais e que realmente demonstrem comprometimento.


Então vamos com calma gente não vamos detonar algo pelo qual se luta há anos e que poderá dar bons frutos. Vamos ser mais ponderados e nos manifestar sobre o assunto, propor soluções, idéias, dar sugestões construtivas,  porém com um bastante cuidado.

Gostaria também que dessem uma olhada nesta matéria da Revista Exame que fala sobre os critérios de atendimento.

 

 

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Hospital público só para animais funciona em São Paulo

Hospital no bairro Tatuapé oferece consultas, cirurgias e exames para animais de pessoas que não podem pagar clínicas veterinárias particulares

  

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Hospital veterinário aberto em São Paulo é primeira instituição pública do Brasil para cuidar dos melhores amigos do homem

São Paulo - O direito à saúde previsto na Constituição brasileira parece estar sendo estendido a animais no país, principalmente se uma experiência da cidade de São Paulo se espalhar por outros cantos. Começou a funcionar este mês na capital paulista um hospital veterinário que oferece gratuitamente consultas, cirurgias e exames complementares para cães e gatos.


Segundo a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo (Anclivepa-SP), que gere o hospital, trata-se da primeira instituição pública do tipo no Brasil.

Para ser atendido, é preciso comprovar ser de baixa renda, por meio da participação nos programas Bolsa-Família ou Renda Mínima, este último municipal. Isso vale para consultas e exames. Para atendimento na emergência não é necessário comprovar renda, mas a exigência volta se o tratamento tiver continuidade na instituição.

O hospital fica localizado no bairro Tatuapé e é mantido com recursos da prefeitura. Funciona das 7h às 19h. Segundo a Anclivepa, o movimento já é intenso e as pessoas recebem senha para serem atendidas.