domingo, 2 de setembro de 2012

São Paulo e mais de 90 cidades pelo mundo protestam pelos golfinhos do Japão

No  dia 31/09/2012 cerca de 90 cidades ao redor do mundo se mobilizaram e protestaram contra a temporada de captura e morte de golfinhos que se inicia novamente  no dia 01/09/2012 em Taiji/Japão.  Para saber quais foram as cidades clique no link https://www.facebook.com/Savemistythedolphin 


Abaixo um pequeno texto sobre o que ocorre naquela provincia. Este texto foi distribuído pelos ativistas que estiveram na manifestação aqui em SP em frente ao consulado do Japão, como forma de esclarecer dúvidas para os que desconhecem a prática milenar que utiliza como desculpa  "tradição histórica". 

Inicia-se amanhã, dia 01 de setembro a matança de golfinhos em TAIJI, Japão.
O massacre ocorre todos os anos, de Setembro a Março. Os caçadores saem com cerca de 12 barcos de pesca, eles utilizam varas de aço, e batendo-as criam uma barreira sonora que confunde o sonar dos golfinhos, os quais ficam atordoados e em pânico, então são conduzidos para a enseada, onde a maioria é morta e alguns são selecionados para cativeiro.
O terror se instala e famílias inteiras de golfinhos, inclusive bebês, jovens e fêmeas prenhes são brutalmente mortos, sem nenhuma piedade. É incrível, mas segundo relatos, as mães fazem de tudo para não abandonar seus filhotes, elas lutam a todo custo para defendê-los, porém logo eles são separados e testemunham a morte de seus familiares e a sua própria morte.
A morte é extremamente dolorosa, os golfinhos são atacados a golpes de facas e pequenos arpões, eles não morrem instantaneamente, agonizam por até uma hora com enormes cortes pelo corpo todo, alguns são arrastados por caminhões ainda com vida para serem levados a “fabrica”, onde serão eviscerados, cortados e embalados para venda de sua carne em supermercados locais.
Cada golfinho morto para a venda de sua carne rende aos caçadores cerca de 600 dólares, e os que são selecionados para cativeiro, são vendidos a aquários no mundo todo por até 200 mil dólares. Na verdade, a força que sustenta todo esse comércio, é a indústria do entretenimento, como o Sea World, e outros que promovem shows com golfinhos e outros animais marinhos.
Todo ano, mais de 20.000 golfinhos são mortos, estima-se que nos últimos 20 anos, cerca de 400.000 golfinhos foram mortos em águas japonesas. Esta prática, que os japoneses chamam de “tradição” já ocorre há 400 anos. Os caçadores alegam que a caça anual tem também o propósito de “controle de pragas”, dizem que os golfinhos comem muito peixe, fato que causa prejuízo à indústria pesqueira. 


Fonte: BBC.


Golfinhos capturados em redes pelos pescadores japoneses na provincia de Taiji/Japão - Courtesy of Save Misty





Na cidade de SP os ativistas se reuniram em frente ao Consuldado do Japão, na av. Paulista para protestar novamente , e para nossa felicidade havia muito mais gente que nos anos anteriores, provando que a mobilização pelo tema tende a aumentar a medida que mais pessoas vão sendo informadas sobre a crueldade praticada na provincia de Taiji/Japão.  
Tivemos todo o cuidado para não atacar diretamente o povo japones, pois, recém saídos de uma tragédia extremamente séria, isso não seria uma boa forma de conduzir nossa indignação. Sendo que inclusive uma das reivindicações expressas nos documentos em que foram manifestadas nossa indignação e que foram  entregues pelas ongs Veddas e Aila é de que, o povo japones possa ter acesso à informação de que existe essa prática em seu território. Para os que não sabem existe censura do governo japones, sendo que o documentário The Cove foi proibido no país.  
Protestamos cerca de 3 horas até que o atual consul aceitasse receber os documentos das duas ongs que representaram o movimento paulista, o Veddas e a Aila. 
Contamos também  com o apoio de ambas as ongs na organização e na condução da manifestação. 

Abaixo dois folders que falam mais do que longos textos e que foram elaborados para serem usados durante a manifestação pela ativista Rosana Tsibana, uma descente de japoneses, vegana, ativista e proprietária de uma linha de produtos ecologicamente corretos, livres de crueldade em sua elaboração e voltados para pessoas que se preocupam com o meio ambiente e com a vida  http://jmabr.com.br/ 






Nesta foto Rosana Tsibana, Débora Beloni, Izolina Ribeiro e uma linda voluntária do VEDDAS




Izolina Ribeiro, Nelma Favilla, Vitor Marques e Rosane Guimarães comparecendo ao protesto.

                                     
                                          FOTOS DA MANIFESTAÇÃO DO DIA 31/08/2012






























 

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