quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Aldicarbe (chumbinho) proibido no Brasil. Será mesmo?





A noticia é boa, mas é ruim.... 
Embora agora proibido oficialmente pela ANVISA,  o Aldicarbe (chumbinho) continuará a entrar pelas nossas fronteiras da mesma forma que entram drogas, armas, contrabando etc...
e continuará a ser comercializado, como sempre foi, e desta forma continuaremos a conviver com o envenenamento de nossos alimentos, da natureza, dos animais e de pessoas.  Se não houver de fato ações que visem impedir que isso aconteça, essa proibição terá sido inócua. 
Quem quer envenenar um animal ou mesmo alguma pessoa continuará adquirindo o temível 
veneno de forma clandestina e criminosa, infelizmente. 
  
Há alguns anos participamos ativamente de um caso de envenenamento de gatos no bairro do Campo Belo/SP.  http://www.revistabrasileiros.com.br/2009/04/23/gatos-sao-envenenados-na-zona-sul-de-sao-paulo/
Foram mais de 35 gatos envenenados. Usamos de todos os recursos disponíveis, principalmente divulgação nas grandes mídias, para fazer com que o serial killer parasse com os crimes, porém o delegado responsável pela investigação jamais conseguiu chegar ao verdadeiro culpado.  A protetora Martha Campos não deu trégua, e não sossegou enquanto os suspeitos não foram chamados para depor,  e isso fez toda a diferença no caso. 
Segundo uma conhecida nossa que é perita criminal, o grande problema com as denuncias de envenenamento é a comprovação de autoria. Cerca de 90% das denuncias não conseguem chegar ao autor do envenenamento.
Para quem não sabe, a utilização do chumbinho, configura crime ambiental.  



 
  A notícia

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1180460-agrotoxico-utilizado-como-chumbinho-e-banido-do-mercado-brasileiro.shtml

05/11/2012 - 12h09  

Agrotóxico utilizado como chumbinho é banido do mercado brasileiro

DA AGÊNCIA BRASIL
O aldicarbe, agrotóxico utilizado de forma irregular como raticida doméstico (chumbinho), foi banido do mercado brasileiro, informou hoje , dia 5, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Estimativas do governo apontam que o produto é responsável por quase 60% dos 8 mil casos de intoxicação relacionados a chumbinho no Brasil todos os anos. O aldicarbe tem a mais elevada toxicidade entre todos os ingredientes ativos de agrotóxicos até então autorizados para uso no país.
O único produto à base de aldicarbe que tinha autorização de uso no Brasil era o Temik 150, da empresa Bayer. "Trata-se de um agrotóxico granulado, classificado como extremamente tóxico, que tinha aprovação para uso exclusivamente agrícola, como inseticida, acaricida e nematicida, para aplicação nas culturas de batata, café, citros e cana-de-açúcar", informou a Anvisa.
Por meio de nota, o órgão destacou que o cancelamento do registro dos produtos à base de aldicarbe segue recomendação feita durante reunião, em 2006, da Comissão de Reavaliação Toxicológica. Na época, foi estabelecida uma série de medidas para a continuidade do uso do aldicarbe no Brasil, como a restrição de venda aos estados da Bahia, de Minas Gerais e de São Paulo, exclusivamente para agricultores certificados e propriedades cadastradas para uso do produto; e a inclusão de agente amargante e de emético (substância que induz ao vômito) na formulação do produto.
Após o processo de reavaliação, a Bayer S/A apresentou, em 2011, um cronograma de descontinuidade de comercialização e de encerramento de importação, distribuição e utilização do produto. A empresa se comprometeu ainda a efetuar o recolhimento de qualquer sobra do produto em posse de agricultores.
Em junho de 2012, a Anvisa cancelou o informe de avaliação toxicológica dos agrotóxicos à base de aldicarbe e, em outubro de 2012, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou o cancelamento do registro do Temik 150. Com a decisão, estão proibidos no Brasil a produção, a comercialização e o uso de qualquer agrotóxico à base de aldicarbe.
A Anvisa destacou que o chumbinho é ineficaz no combate doméstico de roedores já que, como o primeiro animal que ingere o veneno morre de imediato, os demais ratos observam e não consomem o alimento envenenado. Já os raticidas legalizados agem como anticoagulantes, provocando envenenamento lento. Dessa forma, a morte do animal não fica associada ao alimento ingerido, o que faz com que todos os ratos da colônia ingiram o veneno.
A agência destacou ainda que o chumbinho é um produto clandestino e que no rótulo não há quaisquer orientações quanto ao manuseio e à segurança, informações médicas, telefones de emergência, descrição do ingrediente ativo e antídotos que devem ser utilizados em casos de envenenamento, o que dificulta a ação de profissionais de saúde no atendimento a pessoas intoxicadas.
Os sintomas típicos de intoxicação por chumbinho são registrados em menos de uma hora após a ingestão e incluem náuseas, vômito, sudorese, salivação excessiva, visão borrada, contração da pupila, dor abdominal, diarreia, tremores e taquicardia.
Em caso de intoxicação, a orientação da Anvisa é que a pessoa ligue para o Disque-Intoxicação: 0800-722-6001. O serviço é gratuito e está disponível para todo o país.


A realidade 

Chumbinho (rodenticida)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Chumbinho (no BR) é um produto clandestino, irregularmente utilizado como raticida, tem este nome porque o produto não diluído tem a aparência de pequenas esferas de chumbo. Não possui registro na Anvisa, nem em nenhum outro órgão de governo. O agrotóxico aldicarbe (carbamato Aldicarb) figura como o preferido pelos contraventores, encontrado em cerca de 50 % dos ‘chumbinhos’ analisados, a outra metade são organofosforados diversos. A Anvisa afirma que a matéria prima para este produto vem de roubo de carga ou entrada ilegal de produtos químicos pela fronteira. Seu uso está relacionado intensamente a assassinatos, suicídios, e mortes por intoxicação acidental. Pessoas ou animais que ingerem o chumbinho sentem fortes dores anseiam vômitos e também perdem o sistema imunológico, além de prejudicar células e tecidos. Estudos comprovam que seu uso como raticida não é eficiente. Apesar do rato, após comer o veneno, morra bem próximo ao alimento envenenado, os estudos do hábito dos ratos demonstram que comumente é o mais velho o primeiro a se alimentar, e, logo que ele morre, os mais novos rejeitam o alimento, sendo, então, aconselhável os anticoagulantes registrados na Anvisa, que, apesar de provocarem uma morte mais lenta, permitem uma maior abrangência do veneno.






2 comentários:

  1. ANVISA, por favor veta esta fabicação de terrível devastador veneno fatal, ele não traz beneficio a sociedade, sim, a desgraça nas familias brasileiras, alto indice de envenenamentos e suicidios, matança de animais, pricipalmente gatos dezenas por dia. Bayer tem fabricar um outro tipo de agrotóxico que não afete pessoas e animais.

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  2. é preciso urgente parar com a fabricação de chumbinho,animais estão morrendo ,e não temos a quem recorrer.....impunidade,é só isto que vejo e animais mortos

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