Sempre que possível procuramos divulgar informações que ajudem humanos a esclarecer suas dúvidas em relação aos animais.
Já faz alguns dias que uma matéria do jornal O Globo com o título Beijar e brincar com gatos pode trazer sérias doenças, alerta órgão de saúde, vem sendo vista circulando pelo facebook.
Apesar de terem sido citadas fontes confiáveis teria sido importante publicar também a opinião de outros especialistas sobre a tal arranhadura dos gatos.
Em um contexto de tantos abandonos como é o que vivemos, onde tudo é motivo para se livrar dos animais, este tipo de publicação com certeza acarretará muito prejuízo aos gatos, vítimas que são de tantos preconceitos e superstições primitivas.
Como precisamos sempre nos basear em opiniões de especialistas ou de profissionais ligados ao tema que pretendemos abordar, estávamos esperando para publicar uma postagem sobre o que foi divulgado na matéria do conceituado jornal do ponto de vista de algum veterinário que se manifestasse.
Confiram abaixo a opinião da médica veterinária Reneé Cristine - especialista em felinos que atua na cidade do Rio de Janeiro publicada em sua página no facebook.
Mais informações abaixo:
- Doença da arranhadura do gato (DAG), também conhecida como febre da arranhadura do gato ou doença de Teeny é uma zoonose comum, geralmente benigna, causada pela bactéria Bartonella henselae.
A maioria dos casos ocorre antes dos 18 anos, afeta 9 em cada 100.000
pessoas por ano. Depois da primeira infecção costuma gerar imunidade por vida.[1]
Causa
Bartonella henselaes são bacilos gram negativos, flagelados, fastidiosos, intracelular facultativo, pequenos e pleomórficos. Gatos infectados são comuns, especialmente gatos de rua e filhotes, e não demonstram sintomas. Entre gatos pode ser transmitido por pulgas. Pode ser transmitido para humanos por arranhão, mordida e talvez por pulgas.[2]
Sinais e sintomas
Uma ou duas semanas após o arranhão ou mordida do gato podem aparecer[3][4]:
- Pápulas ou pústulas vermelhas de 3 a 5mm no local da lesão (65%)
- Fadiga e mal estar (29%)
- Febre (28 a 60%)
- Perda de apetite e peso (14%)
- Dor de cabeça (13%)
- Dor de garganta (7%)
- Linfonodos inchaços (linfadenopatia), perto do local do arranhão ou mordida.
Complicações
Em 2 a 10% dos pacientes não tratados desenvolvem alguma complicação, especialmente os imunodeprimidos, como confusão mental, neuroretinite (problemas de visão), convulsões, osteomielite, angiomatose bacilar, eritema nodoso, pneumonia atípica ou artrite.[4][5] Mesmo pacientes com complicações neurológicas se recuperam sem sequelas, a mortalidade é próxima a zero.[6]
Tratamento
Os sintomas desaparecem sozinhos em poucos dias, então para a maioria dos pacientes com febre leve ou moderada, apenas tratamento sintomático conservador é recomendado. Isso inclui, administrar antifebril e analgésicos, conforme necessário. Bolsa de água quente pode ser aplicada sobre os nódulos linfáticos inchados. Ocasionalmente, aspiração dos linfonodos é indicado para o alívio da dor em pacientes com nódulos sensíveis. Em casos graves pode ser usado azitromicina ou doxiciclina.[7]
Referências
- http://emedicine.medscape.com/article/214100-overview#aw2aab6b2b5
- http://emedicine.medscape.com/article/214100-overview#a0104
- http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/001614.htm
- http://emedicine.medscape.com/article/214100-clinical
- http://emedicine.medscape.com/article/214100-clinical#a0256
- http://emedicine.medscape.com/article/214100-overview#aw2aab6b2b5
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