segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Sobre matéria sensacionalista do jornal O Globo - opinião de especialista em felinos.



Sempre que possível procuramos divulgar informações que ajudem humanos a esclarecer suas dúvidas em relação aos animais.
Já faz alguns dias que uma  matéria do jornal O Globo com o título Beijar e brincar com gatos pode trazer sérias doenças, alerta órgão de saúde, vem sendo vista circulando pelo facebook.
Apesar de terem sido citadas fontes confiáveis teria sido importante publicar também a opinião de outros especialistas sobre a tal arranhadura dos gatos.
Em um contexto de tantos abandonos como é o que vivemos, onde tudo é motivo para se livrar dos animais,  este tipo de publicação com certeza acarretará muito prejuízo aos gatos, vítimas que são de tantos preconceitos e superstições primitivas.

Como precisamos sempre nos basear em opiniões de especialistas ou de profissionais ligados ao tema que pretendemos abordar, estávamos esperando para publicar uma postagem sobre o que foi divulgado na matéria do conceituado jornal do ponto de vista de algum veterinário que se manifestasse.
Confiram abaixo a opinião da médica veterinária Reneé Cristine - especialista em felinos que atua na cidade do Rio de Janeiro publicada em sua página no facebook.


Mais informações abaixo:
  1.  Doença da arranhadura do gato (DAG), também conhecida como febre da arranhadura do gato ou doença de Teeny é uma zoonose comum, geralmente benigna, causada pela bactéria Bartonella henselae. A maioria dos casos ocorre antes dos 18 anos, afeta 9 em cada 100.000 pessoas por ano. Depois da primeira infecção costuma gerar imunidade por vida.[1]

    Causa

    Bartonella henselaes são bacilos gram negativos, flagelados, fastidiosos, intracelular facultativo, pequenos e pleomórficos. Gatos infectados são comuns, especialmente gatos de rua e filhotes, e não demonstram sintomas. Entre gatos pode ser transmitido por pulgas. Pode ser transmitido para humanos por arranhão, mordida e talvez por pulgas.[2]

    Sinais e sintomas

    Uma ou duas semanas após o arranhão ou mordida do gato podem aparecer[3][4]:
    • Pápulas ou pústulas vermelhas de 3 a 5mm no local da lesão (65%)
    • Fadiga e mal estar (29%)
    • Febre (28 a 60%)
    • Perda de apetite e peso (14%)
    • Dor de cabeça (13%)
    • Dor de garganta (7%)
    • Linfonodos inchaços (linfadenopatia), perto do local do arranhão ou mordida.
    Na maioria dos sintomas desaparece mesmo sem tratamento já na primeira semana, exceto o inchaço, que leva meses para melhor.

    Complicações

    Em 2 a 10% dos pacientes não tratados desenvolvem alguma complicação, especialmente os imunodeprimidos, como confusão mental, neuroretinite (problemas de visão), convulsões, osteomielite, angiomatose bacilar, eritema nodoso, pneumonia atípica ou artrite.[4][5] Mesmo pacientes com complicações neurológicas se recuperam sem sequelas, a mortalidade é próxima a zero.[6]

    Tratamento

    Os sintomas desaparecem sozinhos em poucos dias, então para a maioria dos pacientes com febre leve ou moderada, apenas tratamento sintomático conservador é recomendado. Isso inclui, administrar antifebril e analgésicos, conforme necessário. Bolsa de água quente pode ser aplicada sobre os nódulos linfáticos inchados. Ocasionalmente, aspiração dos linfonodos é indicado para o alívio da dor em pacientes com nódulos sensíveis. Em casos graves pode ser usado azitromicina ou doxiciclina.[7]

    Referências


  2. http://emedicine.medscape.com/article/214100-overview#aw2aab6b2b5

  3. http://emedicine.medscape.com/article/214100-overview#a0104

  4. http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/001614.htm

  5. http://emedicine.medscape.com/article/214100-clinical

  6. http://emedicine.medscape.com/article/214100-clinical#a0256

  7. http://emedicine.medscape.com/article/214100-overview#aw2aab6b2b5

  8. http://emedicine.medscape.com/article/214100-treatment#aw2aab6b6b1aa
Fonte: Wikipedia.org

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