No sabádo dia 23/11/2013 uma mulher abandona um cão em uma avenida movimentada de São Paulo debaixo de chuva, enquanto um casal de dentro de um carro filma tudo, e ao divulgar o vídeo nas mídias sociais e através da imprensa http://tvuol.tv/bcc8XR acaba provocando muita indignação mesmo daqueles que não são protetores ou ativistas na causa de defesa dos animais. Devido a divulgação e ao fato de que a placa do carro foi filmada chega-se até a criminosa que é obrigada a ir até a delegacia depor e é despedida de seu emprego. O abandono é sempre cruel mas esse episódio em especial pelo fato de ter sido filmado faz com que a crueldade fique mais explícita, e isso nos tortura, nos magoa, nos maltrata a cada vez que a cena é repetida pelas emissoras de TV. Esse episódio com certeza ficará marcado e servirá de exemplo para os que abandonam os animais seja em avenidas, parques, praças, em petshops etc...Abandonar um animal além de ser cruel é criminoso, e temos certeza que muitos daqui para frente irão se preocupar quando forem praticar ato semelhante temendo ser filmado ou fotografado.
Para quem acha que o mundo está cada vez pior, gostaríamos que dessem uma olhada no vídeo abaixo. Ele é a prova de que apesar de tanta maldade, vale e muito lutar pelos animais.
Abaixo um texto que há anos circula pela proteção animal, mas que muitos recém chegados a causa ainda não devem ter tido a oportunidade de ler.
Encontrei seu cão
Hoje
encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto a
maioria das pessoas já tem vários cães e quem não tem nenhum não quer um
cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o
deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez ele
estava bem longe da casa mais próxima, sozinho, com sede, magro e mancando por
causa de um machucado na pata.
Eu queria
tanto ser você no momento em que parei na frente dele! Então poderia ver sua
cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular em teus braços, pois ele
sabia que você o encontraria, sabia que você não o esqueceria. Poderia ver
o perdão nos olhos dele por todo sofrimento e dor que passara na
interminável jornada à tua procura. Mas eu não era você. E apesar de minhas
tentativas de convencê-lo a se aproximar, os olhos dele viam um estranho.
Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.
Então ele
se virou e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que o caminho o levaria a
você. Ele não entendia porque você não o estava procurando. Ele só sabia
que você não estava lá, sabia que precisa te encontrar e que isso era mais
importante do que comida, água ou o estranho que poderia lhe dar essas
coisas.
Percebi que
seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Nem o nome dele eu sabia! Fui para
casa, enchi um balde com água, coloquei comida numa vasilha e voltei para
o lugar em que o encontrara.
Não havia
nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele
estivera descansando ao abrigo do sol. Veja bem, ele não é um cão
selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas
ruas.
Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol
e o calor podem custar-lhe a vida.
Ele só sabe que precisa te encontrar.
Aguardei
na esperança de que voltasse a buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que
a água e a comida fizessem com que confiasse em mim, assim poderia levá-lo
para casa, cuidar do machucado da sua pata, dar-lhe um canto fresco para
se deitar e ajudá-lo a entender que você não faria mais parte vida dele.
Ele não voltou naquela manhã e a água e a comida permaneceram intocadas.
Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar teu
cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha que lhe daria o
destino que você talvez achasse que o libertaria de todo o sofrimento pelo
qual porventura estivesse passando.
Voltei ao
mesmo lugar antes do anoitecer e não o encontrei. Na manhã seguinte, retornei e
vi que a água e a comida continuavam intactas. Ah, se você estivesse aqui
para chamá-lo pelo nome, tua voz lhe é tão familiar!
Comecei a
caminhar na direção que ele havia tomado antes, mas sem muita esperança de
encontrá-lo. Ele estava tão desesperado
para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas. Horas
mais tarde e a uma boa distância do lugar onde o vira pela primeira vez,
finalmente encontrei seu cão. A sede já não o atormentava, sua fome fora
saciada, suas dores haviam passado, o machucado da pata não o atormentaria
mais. Seu cão estava morto.
Livrara-se do sofrimento.
Ajoelhei-me
ao lado dele e amaldiçoei você por não estar ali antes para que eu pudesse ter
visto brilho naqueles olhos vazios, nem que só por um instante. Rezei,
pedindo que sua jornada o tivesse levado ao lugar que imagino você
esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou
para chegar lá… E sofri, sofri muito, pois sei que se ele acordasse agora e se
eu fosse você, os olhos dele brilhariam ao vê-lo e ele abanaria o rabo
perdoando-o por tê-lo abandonado.
Autoria
Desconhecida
Não existe maior fidelidade, amor e cumplicidade do que a de um cão pelo seu tutor. Ele, dificilmente, se recuperará de um abandono. O cheiro, a voz, os passos, o toque do seu protetor são únicos. Em um coraçãozinho que só sabe amar, lidar com a dor dessa separação é, no mínimo massacrante. Quem tem o ṕrivilégio de receber esse amor sabe o quanto é importante e gratificante essa troca entre esses seres tão especiais e nós humanos. Ninguém vai ser tão leal, fiel e amigo como um cão!
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