As plantas decorativas nem sempre são inofensivas, principalmente para os pets. Elas são facilmente encontradas em vasos de ambientes internos, jardins e calçadas, mas o desconhecimento sobre a toxicidade de algumas delas expõe os animais de estimação ao perigo. Além disso, os sintomas de intoxicação podem ser confundidos com outros tipos de afecções como doenças infectocontagiosas e resultar em diagnósticos e tratamentos errôneos. O nível de toxidade depende de fatores como presenças de princípios ativos, tipo de cultivo, quantidade ingerida e condições específicas do animal.
Com
o objetivo de identificar as plantas relacionadas aos casos de
intoxicação de animais, quatro grupos de alunos da FMVZ-USP realizaram
uma pesquisa com Médicos Veterinários de clínicas da cidade de São Paulo
para saber quais as plantas que mais causam males aos pets. O trabalho
resultou em uma lista com as plantas organizadas em ordem alfabética
pelo nome popular, com seus respectivos nomes científicos e os sintomas
da toxicidade. Confira a lista aqui.
Na tabulação dos dados, a campeã absoluta de ingestão por cães e gatos foi a Dieffenbachia sp, a
popular comigo-ninguém-pode.
Muito comum nas residências, ela é conhecida pela beleza de suas folhas, facilidade de cultivo, pois são bastante tolerantes à sombra e baixa umidade do ar. A toxicidade desta planta ainda não está totalmente clara, mas acredita-se que grande parte dos sintomas é causada pelo oxalato de cálcio, que provoca irritação e edema na boca, língua, glote e cordas vocais, causando dificuldade para deglutir, além de distúrbios gastrointestinais e renais. Pode levar à morte.
Muito comum nas residências, ela é conhecida pela beleza de suas folhas, facilidade de cultivo, pois são bastante tolerantes à sombra e baixa umidade do ar. A toxicidade desta planta ainda não está totalmente clara, mas acredita-se que grande parte dos sintomas é causada pelo oxalato de cálcio, que provoca irritação e edema na boca, língua, glote e cordas vocais, causando dificuldade para deglutir, além de distúrbios gastrointestinais e renais. Pode levar à morte.
A Cannabis sativa, mais
conhecida como maconha, embora tenha seu cultivo proibido no Brasil,
apareceu de forma surpreendente na pesquisa. Acredita-se que a
intoxicação acontece porque o animal, próximo ao usuário, acaba inalando
a fumaça produzida pelo consumo da planta na forma de cigarro, mas
também por ele também ingerir alimentos com Cannabis na sua composição. Nesse caso os sintomas são depressão, perda do controle muscular durante movimentos voluntários,
tremores, convulsões, desordens comportamentais, estupor, aumento de
sensibilidade de maneira geral, como aumento reação à estímulos externos
ou mesmo aumento da sensibilidade à dor (hiperestesia).
Prevenção e cuidados
Os
grupos concluíram que os proprietários de pets devem ficar atentos aos
tipos de plantas que têm em casa, pois há muitas outras, além das
identificadas na pesquisa. O ideal é tirá-las do alcance dos animais e
prestar atenção ao passear com o cão em ambientes externos, pois elas
estão por toda parte.
Aconselha-se
o consumo de plantas para uso medicinal apenas com orientação de um
Médico Veterinário. Caso o animal apresente qualquer sintoma descrito na
tabela, ele deve ser levado ao Veterinário. Se o proprietário conseguir
identificar qual a planta ingerida, é importante levar uma amostra ao
profissional, mas a prevenção é sempre o melhor remédio.
A
pesquisa foi realizada no Departamento de Patologia (VPT), na
disciplina Toxicologia (VPT-316), ministrada para os alunos do sexto
semestre do curso, sob a coordenação da Professora Silvana Lima Górniak. A
convite da indústria farmacêutica Zoetis, que atua na área de saúde
animal, os grupos apresentaram os resultados da pesquisa na sede da
empresa, onde, após avaliação criteriosa, o melhor trabalho foi premiado.
O resultado será divulgado na forma de cartazes em clínicas veterinárias
de São Paulo. Assim, procura-se prestar um importante serviço,
informando aos proprietários, sobre estas principais plantas ornamentais
potencialmente tóxicas e os possíveis riscos para a saúde de seus
animais.
Fonte:
http://www.fmvz.usp.br/noticias/594
Fonte:
http://www.fmvz.usp.br/noticias/594
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