domingo, 13 de julho de 2014

Pra comemorar muito!!! Festas de rodeio em queda de público no Brasil.





Duas matérias do jornal Folha de São Paulo, sobre o mesmo tema chamam a atenção neste domingo. Ambas datadas do dia 13/07/2014 relatam a queda de público nas festas de rodeio em nosso país e também citam  a ação da proteção animal que vem conseguindo impedir que os eventos aconteçam em algumas cidades ou mesmo impedir os que já ocorriam. 
Para nós defensores dos animais é motivo para muita comemoração, pois há anos as Ongs e autoridades que defendem os animais, lutam para diminuir ou acabar de vez com estes eventos que muitos chamam de festa, e que submetem os animais a crueldades, exploração da dor e do sofrimento, e que pelo alto faturamento que propiciam tem o apoio de muitos políticos, artistas, empresas e agencias de publicidade.
Que este seja apenas o início da queda do que alguns chamam de esporte e tradição, e que não passa de um show de horror e de tortura de animais indefesos.
EsquadrãoPet

Entidades de proteção aos animais 'cancelam' oito rodeios no Estado

Além da queda de público, nos últimos anos os rodeios em São Paulo tiveram de driblar também entidades protetoras que pedem o fim das provas com animais.
Atualmente, ao menos oito cidades do Estado, entre elas a capital, têm legislação que proíbe rodeios. Em outras 16, o Tribunal de Justiça proibiu a realização de eventos do tipo, em decisões em primeira e segunda instância e que ainda têm recursos a serem julgados.
O promotor do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente) Laerte Levai disse que os rodeios submetem os animais a práticas não naturais ao ambiente rural e que resultam em maus-tratos.
No entanto, segundo Levai, a legislação deixa brechas de interpretação, o que dificulta a proibição das provas.
"Se não houver uma política ambiental paralela a essas ações na Justiça é 'chover no molhado'. Proíbe um rodeio aqui, mas um novo surge no outro ano ou em uma cidade ao lado", disse.
Para o promotor, a proibição dos rodeios ficou mais evidente e mobilizou a sociedade civil em 2011, após a Folha revelar a morte de um bezerro na festa de Barretos (423 km de São Paulo) durante a prova do bulldog –em que o peão tem de imobilizar o animal com as mãos, sem equipamentos.
Em maio, um acidente com seis cavalos que fugiram de um rodeio de Hortolândia e invadiram uma rodovia também pressionou cidades vizinha a discutirem mudança na legislação. A proibição já foi adotada por Valinhos (85 km de São Paulo).
Os cavalos provocaram um acidente com dez veículos, deixando nove pessoas feridas. Os seis animais morreram atropelados.
Para organizadores das festas, a ação de ativistas contra rodeios foi importante para "aumentar a profissionalização do esporte".
Adriano Moraes, diretor de eventos da PBR (Professional Bull Riders) Brasil, principal circuito do país, disse que a falta de conhecimento sobre as provas e os cuidados com os animais gera uma "polêmica desnecessária".
"Por ser um esporte ligado diretamente à cultura sertaneja brasileira, dificilmente, pelo menos dentro da PBR, um animal será machucado". disse Moraes.
Em Barretos, ONGs e "associações sérias envolvidas na proteção aos animais" são convidadas a conhecer o evento, de acordo com Jerônimo Luiz Muzetti, presidente de Os Independentes.
Fonte: Folha de São Paulo

Para frear queda de público, rodeios buscam diversificar festas
ISABELA PALHARES
RIBEIRÃO PRETO

Com o auge e a expansão dos rodeios no interior entre as décadas de 1990 e 2000, atrelados à popularização do sertanejo, as festas agora buscam diversificar para tentar frear a redução de público.
O problema atinge festas de peão tradicionais, como as de Barretos, Americana, Limeira e Jaguariúna.
A ausência de novidades no meio sertanejo, o novo comportamento de frequentadores, as ações de entidades de proteção animal e até a Copa são motivos apontados pelos eventos para a situação atual.
Com a maior festa do país, Barretos (423 km de São Paulo) estima neste ano 900 mil visitantes em 11 dias de evento. Nos anos 2000, chegou a receber um milhão.
Jerônimo Luiz Muzetti, presidente de Os Independentes, organizador do evento, diz que a "essência" continua sendo o sertanejo, mas afirma que é preciso investir em programação com artistas de outros gêneros.
Neste ano, a festa aposta na funkeira Anitta, no cantor de axé Bel Marques e na banda de pagode baiana Psirico.
O desempenho do rodeio de Americana (127 km de São Paulo) tem assustado organizadores. Pelo segundo ano seguido, teve queda de público. Neste ano, o total (243 mil) foi 30% menor que em 2013 –que já havia sido 14% inferior a 2012.
Apesar de "culpar" a Copa por roubar a atenção da festa entre 14 e 22 de junho, o presidente do Clube dos Cavaleiros de Americana, Roberto Lahr, disse estudar medidas para o próximo ano.
Uma é reduzir o evento, já "encurtado" em quatro dias desde 2012. Mesmo assim, a média de público caiu 10,5% e registrou 30 mil visitantes diários neste ano. "Apesar de nomes como Luan Santana e Gusttavo Lima ainda renderem público, não são mais uma grande novidade."
Marcelo Coghi, presidente da festa de Limeira (151 km de São Paulo), que em 2013 teve público de 140 mil, 12,5% menos que em 2012, já reduziu de sete para seis dias para concentrar atrações e manter o público, que "prioriza conforto e qualidade".
"As pessoas preferem vir um dia, ficar no camarote e beber uísque do que vir todos os dias e ficar na pista", diz.
Jaguariúna (123 km de São Paulo), que atraiu 100 mil pessoas nas últimas festas, mudou a data para setembro, mês do aniversário local. A organização será em parceria com a prefeitura, para tentar atrair mais público.
José Leonardo do Nascimento, docente da Unesp especializado em cultura caipira, disse que o declínio de público mostra que o modelo não representa tradições do caipira brasileiro. "Assim como outras cópias que fizemos da cultura americana, o rodeio atingiu seu auge e hoje já não exerce atração."
Fonte: Folha de São Paulo 





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