quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Chip de plástico pode diminuir drasticamente uso de animais em testes.

Ilustração autor desconhecido
Vanessa Daraya

Um pequeno chip de plástico pode diminuir drasticamente os experimentos feitos em animais. Essa é a ideia da startup Emulate, que planeja investir 12 milhões de dólares para tornar viável a produção de uma tecnologia criada por cientistas da Universidade de Harvard.

A Organs-on-Chips (Órgãos-em-Chips, em tradução livre), desenvolvida no Instituto Wyss, é feita para imitar órgãos humanos. Até agora, os testes foram bem sucedidos na reprodução de pulmão, fígado, intestino, rim e medula óssea. Mas o objetivo é recriar todos os órgãos do corpo.

Os chips são integrados a um sistema com fluidos de células imunológicas. Dessa forma, é possível testar e avaliar os efeitos de novos medicamentos em células específicas e suas consequências no organismo.




Divulgação/Harvards Wyss Institute

O chip de pulmão, por exemplo, tem canais revestidos por paredes formadas por tecido proveniente de um pulmão humano e vasos sanguíneos. Quando é aplicada uma espécie de sucção no local, a parede simula o movimento do órgão durante a respiração. 

A tecnologia não é nova. Os bioengenheiros têm trabalhado nela há cinco anos. Mas a criação da startup para conseguir comercializar os chips é recente. Se der certo, será uma ótima notícia para os animais.

Todos os anos, mais de 100 milhões de sapos, gatos, cães, ratos, camundongos e coelhos são usados ​​em experimentos. E os testes podem não ser tão produtivos quanto o esperado. Como o organismo dos animais é muito diferente dos seres humanos, nem sempre os experimentos têm resultados eficazes.

A Organs-on-Chips pode ajudar a resolver esse problema ao tornar os testes mais eficientes.

Em nota, a Emulate afirma que planeja propiciar uma avaliação mais rápida e precisa das respostas humanas a medicamentos e cosméticos, além de criar novas ferramentas de orientação clínica para terapias personalizadas nos pacientes.


Fonte:
INFO Online 

Abaixo o vídeo que explica como o microchip de plástico simula em um pulmão-on-a-chip uma abordagem in vitro para o rastreio de drogas, imitando os comportamentos mecânicos e bioquímicos complicados de um pulmão humano.
Para maiores informações acessem http://wyss.harvard.edu/viewpage/461/





Nota: 
Os avanços estão aí para que os animais sejam poupados de serem utilizados, muitas vezes inutilmente, em testes para cosméticos, medicamentos e em vivissecções. Resta saber se o poderio econômico daqueles que mantém os biotérios para o fornecimento destes seres indefesos vão permitir que o progresso de fato deixe de ser algo que lembra ficção científica para se tornar  realidade nos laboratórios e nas instituições de ensino. Sem pressão dos ativistas pelos animais e de legislações que realmente façam com que essas práticas sejam abandonadas com certeza isso não acontecerá!!! 
Obs:
Porém todo cuidado é pouco já que o assunto hoje rende muito marketing e os políticos oportunistas e marqueteiros tem demonstrado que não são nada confiáveis e que farão de tudo para aparecer como legisladores preocupados com este tema, mas que na verdade estão pensando apenas nos votos que podem conseguir iludindo aqueles que defendem os animais e querem o fim da utilização dos mesmos para os testes. 





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