Ilustração autor desconhecido |
Um pequeno chip de plástico pode diminuir drasticamente os experimentos feitos em animais. Essa é a ideia da startup Emulate, que planeja investir 12 milhões de dólares para tornar viável a produção de uma tecnologia criada por cientistas da Universidade de Harvard.
A Organs-on-Chips (Órgãos-em-Chips, em tradução livre), desenvolvida no Instituto Wyss, é feita para imitar órgãos humanos. Até agora, os testes foram bem sucedidos na reprodução de pulmão, fígado, intestino, rim e medula óssea. Mas o objetivo é recriar todos os órgãos do corpo.
Os chips são integrados a um sistema com fluidos de células imunológicas. Dessa forma, é possível testar e avaliar os efeitos de novos medicamentos em células específicas e suas consequências no organismo.
Divulgação/Harvards Wyss Institute |
O chip de pulmão, por exemplo, tem canais revestidos por paredes formadas por tecido proveniente de um pulmão humano e vasos sanguíneos. Quando é aplicada uma espécie de sucção no local, a parede simula o movimento do órgão durante a respiração.
A tecnologia não é nova. Os bioengenheiros têm trabalhado nela há cinco anos. Mas a criação da startup para conseguir comercializar os chips é recente. Se der certo, será uma ótima notícia para os animais.
Todos os anos, mais de 100 milhões de sapos, gatos, cães, ratos, camundongos e coelhos são usados em experimentos. E os testes podem não ser tão produtivos quanto o esperado. Como o organismo dos animais é muito diferente dos seres humanos, nem sempre os experimentos têm resultados eficazes.
A Organs-on-Chips pode ajudar a resolver esse problema ao tornar os testes mais eficientes.
Em nota, a Emulate afirma que planeja propiciar uma avaliação mais rápida e precisa das respostas humanas a medicamentos e cosméticos, além de criar novas ferramentas de orientação clínica para terapias personalizadas nos pacientes.
Fonte:
INFO Online
Abaixo o vídeo que explica como o microchip de plástico simula em um pulmão-on-a-chip uma abordagem in vitro para o rastreio de drogas, imitando os comportamentos mecânicos e bioquímicos complicados de um pulmão humano.
Para maiores informações acessem http://wyss.harvard.edu/viewpage/461/
Nota:
Os avanços estão aí para que os animais sejam poupados de serem utilizados, muitas vezes inutilmente, em testes para cosméticos, medicamentos e em vivissecções. Resta saber se o poderio econômico daqueles que mantém os biotérios para o fornecimento destes seres indefesos vão permitir que o progresso de fato deixe de ser algo que lembra ficção científica para se tornar realidade nos laboratórios e nas instituições de ensino. Sem pressão dos ativistas pelos animais e de legislações que realmente façam com que essas práticas sejam abandonadas com certeza isso não acontecerá!!!
Obs:
Porém todo cuidado é pouco já que o assunto hoje rende muito marketing e os políticos oportunistas e marqueteiros tem demonstrado que não são nada confiáveis e que farão de tudo para aparecer como legisladores preocupados com este tema, mas que na verdade estão pensando apenas nos votos que podem conseguir iludindo aqueles que defendem os animais e querem o fim da utilização dos mesmos para os testes.
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