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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Morcegos e o perigo da transmissão da raiva em cães e gatos.


Foto - Pinterest
Recentemente uma veterinária divulgou um texto sobre a possibilidade de transmissão da raiva em gatos através da mordida de morcegos infectados, caso ocorresse uma invasão destes em um apartamento telado. 
Temos que confessar que a princípio tudo pareceu muito fantasioso.
Mas só até a semana passada quando uma amiga nos enviou uma mensagem contando que um morcego entrou em sua casa toda telada!!!
Sim o morcego entrou por uma abertura que fica acima da tela, desceu para o térreo do sobrado, entrou pelo quarto do casal, onde dormiam dois de seus gatos e foi para o banheiro da suíte. Como os proprietários se mantiveram tranquilos e o morcego é um mestre em navegação, saiu tranquilamente pela janela do banheiro sem causar maiores estragos. Porém o alerta foi dado, registrado e gerou a necessidade de fazermos este material. 

Foto da casa da nossa amiga que recebeu a visita de um morcego
Não temos nenhuma intenção de causar pânico ou deixar todos apavorados com este risco, porém existem padrões de comportamento dos morcegos que estão se modificando e pelo fato (sempre isso) do homem estar avançando cada vez mais em seus territórios, este contato tem aumentado.
E não se esqueçam, se hoje os morcegos estão mais próximos de nosso convívio nas cidades a culpa é somente nossa ok?
Matar, maltratar qualquer animal é crime ambiental previsto em lei e se amamos nossos cães e gatos é nosso dever vaciná-los e zelar por seu bem estar sem que outros animais paguem por este nosso amor.

Se observarem de vez em quando a mídia divulga alguma notícia relacionada ao que estamos escrevendo aqui.

Há cerca de dois anos um gatinho morreu de raiva, provavelmente provocada por um morcego em um bairro classe média alta de São Paulo. O caso ocorreu em Moema, próximo ao Parque Ibirapuera e chamou a atenção de todos.

O que mais chama atenção nesta matéria do Estadão é a derrubada do mito de que somente morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) transmitam a raiva, mas os que se alimentam de frutas também. 
Ricardo Augusto Dias, médico veterinário e professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, explica que a doença circula entre várias espécies de morcegos, tanto os que se alimentam de sangue quanto os que comem apenas frutas. “A organização social deles é baseada em agressão e é comum que várias espécies dividam a mesma toca ou caverna. Além disso, eles têm o hábito de um lamber o outro, principalmente as fêmeas.”

Em algumas cidades do interior alguns casos que ocorreram a partir do ano de 2001 chamaram a atenção dos especialistas sobre o perigo deste tipo de contaminação, e embora eles acreditassem que o vírus da raiva dos morcegos ficasse restrito a espécie, as ocorrências que vem sendo acompanhados por eles, comprovaram que isto não ocorre.
O risco de epidemia ainda é distante, porém o fato da imunização dos animais domésticos em termos de campanha anual estar falhando é bem preocupante.
Preocupa também o fato de que os atendimentos em casos de mordeduras hoje já devem preocupar mais o médico ou atendente que receber um humano mordido por um cão ou gato, já que não se tem mais a certeza da vacinação que até há alguns anos era praticamente uma certeza.
E acho que todos sabem que a prevenção no caso de mordidas ou arranhaduras não é tão simples.

Em 2014 na cidade de Campinas outro caso semelhante chamou atenção e gerou um alerta semelhante.

 Nota:
Segundo os especialistas é necessário que as autoridades comecem a pensar no controle populacional dos morcegos também, assim como de cães e gatos. Ainda essa semana uma matéria na TV falava que em Presidente Prudente tem um bairro onde todos estão com medo de sair a noite porque tem uma invasão de morcegos.
No caso dos gatos a contaminação pode ter uma maior incidência justamente por eles serem mais predadores e muitos tem vida livre. Para a proteção dos humanos é necessário que tanto cães como gatos sejam vacinados anualmente como vinha sendo feito durante décadas no Brasil e que infelizmente há alguns anos vem sendo ignorado pelo Ministério da Saúde. Além da escandalosa escolha de uma vacina que há alguns anos matou centenas de animais o que ocasionou o medo da população de perder seus amiguinhos de quatro patas.
No momento em que estamos encerrando essa matéria estamos quase no final de agosto e até o momento não tivemos notícias da campanha anual de vacinação contra raiva.
E aí autoridades deste Brasil gigante...o dinheiro de nossos impostos não é suficiente para comprar vacinas para a campanha? O que vem ocorrendo ano após ano com este descaso é uma VERGONHA!!!
E o pior é que não dá nem pra gente chamar o Batman....então o jeito é vacinar e exigir das autoridades responsáveis que as campanhas voltem a ser anuais e sem vacina "tranqueira".



quarta-feira, 23 de julho de 2014

Movimento Altera PL6602/13 - Protocolada carta para o deputado Ricardo Izar.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Porque somos contra a aprovação do PL6602/13 cujo teor foi totalmente modificado.




LEIAM. ENTENDAM. ASSINEM A PETIÇÃO. DIVULGUEM.  


 TEXTO DE INTRODUÇÃO À PROBLEMÁTICA DO PL 6602/2013

O Projeto de Lei 6602/13, aprovado na forma do seu substitutivo com a aceitação do autor do projeto de lei original, traz graves retrocessos à pouca proteção já conferida aos animais. No entanto, o texto foi encaminhado em junho de 2013 para a apreciação do Senado Federal que tem a opção de alterá-lo, impedindo a concretização do dano que ele representa.

        Trazendo a proposta inicial de acabar com os testes em animais para fins cosméticos no Brasil, o projeto de lei original vinha ao encontro dos anseios da sociedade brasileira. Porém, o texto final aprovado foi um texto que traz um adendo ao texto original, chamado de “substitutivo”, que nasceu de um acordo feito em reunião fechada entre o autor do projeto de lei, um consultor e representantes do governo que têm interesses diretos na perpetuação da experimentação animal. Infelizmente, as alterações propostas por esses representantes da indústria da vivissecção foram aceitas com o aval do autor da proposta, sem consulta à sociedade ou ao movimento que há anos trabalha para abolir os testes em animais no país. O resultado desse acordo foi um texto desastroso, que ao alterar poucas palavras acabou por regulamentar a experimentação animal e perpetuá-la colocando em jogo muitas conquistas já consolidadas há mais de uma década e impedindo o desenvolvimento de novas iniciativas que vêm se mostrando frutíferas nos últimos meses.

         Isso porque o texto aprovado proíbe os testes de substâncias que tenham efeito já conhecido, mas autoriza os testes em produtos que tenham efeitos desconhecidos por um período de até cinco anos e que somente começa a ser contado após o reconhecimento da técnica alternativa, o que na prática significa muito mais do que cinco anos pois quem pode “reconhecer” como válida a técnica alternativa são órgãos administrados por pessoas que têm total interesse na continuidade desses experimentos e que até hoje, seis anos após a aprovação da lei que determinou a criação de tal órgão, teve uma atuação que deixa a desejar no que diz respeito ao reconhecimento de métodos alternativos. Como se vê, o texto aprovado pela Câmara dos Deputados em nada inova e ainda deixa nas mãos dos próprios interessados na perpetuação da prática a tarefa de regularem as suas atividades.

         Ocorre que a legislação atual já criminaliza o uso de animais quando houver recursos alternativos. Trata-se da Lei de Crimes Ambientais (9.605/1998) que em seu artigo 32 determina a pena de detenção e multa para “quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos”.

         Ou seja, a experimentação em animais em situações onde já exista métodos alternativos já é considerada crime desde 1998 e isso se aplica a qualquer método já existente, sem ter que esperar por cinco anos após a validação do método. Se alguém desejaria alterar o texto da lei existente desde 2008 são justamente aqueles que desejam flexibilizar as regras para torná-las mais permissivas ao uso de animais. Tal texto não poderia jamais servir aos interesses dos animais e alegar que a única possibilidade seria esse texto ou nada, obviamente a opção que serve aos interesses dos animais é nada, pois apesar de ainda ser escassa a legislação que os proteja, essa pouca legislação deve ser preservada e não destruída.

         Até mesmo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que aliás foi um dos órgãos representativos do governo presentes na reunião que resultou no texto substitutivo ao PL original) obriga o uso de animais somente quando não houver métodos alternativos validados. Uma mudança na legislação federal que determine o prazo de cinco anos para cessar o uso de animais para cada nova substância a partir da validação de um método alternativo, conforme determina o PL 6602/13, obrigaria a ANVISA a alterar essa regra para torná-la mais permissiva ao uso de animais.

         Em suma, a nossa legislação federal já criminaliza, de imediato, o uso de animais na presença de uma técnica alternativa e o texto aprovado pela Câmara dos Deputados representa nada mais do que um retrocesso e faz isso sem acrescentar qualquer avanço em qualquer ponto que seja.

         O PL 6602/13 altera a Lei Arouca (11.794/08), aprovada há seis anos com a única intenção de valorizar e regulamentar a indústria da vivissecção garantindo assim a “segurança” da qual precisa para poder atuar. Ela em nada serve aos interesses dos animais. Na indesejada eventualidade da aprovação pelo Senado Federal do texto do PL 6602/13 em sua forma aprovada pela Câmara dos Deputados, a Lei Arouca se tornaria ainda mais forte. Reformas e emendas não a tornarão melhor, quanto mais aquelas da natureza vista no PL 6602/13.

         Diante disso, propomos a apresentação de um novo projeto de lei, verdadeiramente abolicionista, sem concessões vistas no texto atual e sem dar margem a interpretações distorcidas.

         A campanha #alterapl6602 reúne a opinião de especialistas e traz um abaixo-assinado em apoio à carta que será enviada ao Senado Federal pedindo a alteração do texto aprovado pela Câmara dos Deputados.


        Leia a opinião dos especialistas ou envie o seu parecer caso seja da área jurídica ou outra área relacionada à temática dos direitos animais.

         Veja a Carta dirigida ao Senado Federal e ASSINE a petição que demonstra o seu apoio aos argumentos expostos nessa campanha.

         Declare o apoio do seu grupo ou organização.



Nota: 
Amplamente comemorado nas mídias sociais, sites e blogs a aprovação do  PL6602/13 não passou de um grande golpe de marketing político. Os testes para cosméticos não foram proibidos como queria o movimento porque na verdade o texto original que era o anseio do movimento foi totalmente modificado e isso vem provocando uma intensa mobilização para que este PL não seja aprovado no senado.

Todo este material, incluindo artigos que vem sendo publicados em sites e blogs relacionados a essa mobilização encontra-se disponível no site http://www.alterapl6602.veddas.org.br/